sábado, 22 de dezembro de 2007

Verão, Sol, mar...
Queria ter todos os dias de tranqüilidade na beira do mar, dias longos e muito gostosos.
No fim da tarde pode até chover para ter aquele friozinho gostoso pra dormir.
Uma varanda ventilada, uma rede confortável, música, céu limpo...
Essa é a época que ate as repetições do axé me deixam feliz.
Aaah, o verão.

sábado, 15 de dezembro de 2007

Já fazia algumas semanas que acompanhava a novela da CPMF e me perguntava se isso um dia acabaria, e de que forma acabaria... Bom... Terminou, e até onde sei (lembrando sempre que não sou nem uma cientista política) o sistema de quanto menos=melhor não dá muito certo. Imaginem o seguinte: se eu ganho R$500,00 por mês e meu patrão resolve me promover e acaba repensando o meu salário sendo que agora eu passo a ganhar apenas R$450,00, será que essa promoção realmente foi boa?
Na realidade nunca estive a favor dessa tal CPMF e estou consciente que o governo vai ter que encontrar uma forma de reaver esse dinheiro que esta deixando de ser arrecadado (geralmente se fala em extinguir com a corrupção, mas isso não é algo tão fácil de fazer).
O mais impressionante que acho nessa conversa toda é que nunca a atual oposição teve o papel pró-povo, quando tivemos finalmente a extinção desse imposto (se é que posso chamá-lo assim) alguns políticos estavam comemorando a derrota do governo Lula e não uma possivel vitória. Fico realmente preocupada com as decisões lá do Senado...

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Uma andorinha só não faz verão.

Essa semana precisei ir ao banco para fazer um pagamento, o mesmo que vou quase todos os meses e sempre passo mais de 1 hora em pé esperando em uma fila, sempre fico indignada por ter que perder tanto tempo assim para fazer um simples pagamento, ou deposito, ou saque... mas nunca reclamei de tal fato por pensar que alguém já teria feito isso antes de mim e imaginar que os responsáveis estivessem providenciando o melhoramento do sistema.
Bom... essa semana passei mais tempo do que o costume, e um senhor muito chateado estava tirando a tranqüilidade do estabelecimento ao demonstrar a sua chateação com o acontecido, na fila tinha umas 40 pessoas e esse numero estava aumentando vertiginosamente, quase todos que estavam nela tinham o mesmo sentimento que o senhor, outros torciam o nariz por achar que tudo era normal, mas ninguém teve coragem de chamar o gerente para fazer a reclamação diretamente a fonte.
Enfim, sai da agencia com aquela sensação de que poderia ter feito algo, não para melhorar tudo como se fosse num passe de mágica naquele mesmo dia, mas sim pra ir melhorando conforme o tempo, sabia que o senhor estava certo ao reclamar, mas não fiz nada para apóia-lo, cheguei a conclusão de que nós todos fomos educados para não reclamar e aceitar tudo como se fosse tudo perfeito. Isso acontece quando dizemos que esta tudo bem quando alguém invade o seu espaço, ou deixa que aconteçam injustiças, e ate mesmo na política de nosso país, mas disso eu não gosto muito de falar por saber que posso influenciar alguém de maneira errada (será que essa é uma boa posição?)

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Careta ou consciente?

Há algum tempo venho notando que poucas coisas me tiram de casa.
Antes quando se ouvia um batido de lata eu tava lá no meio, e qualquer motivo era “um motivo” para se comemorar ou só afogar as magoas.
Agora poucas coisas me abalam para passar a noite acordada, conhecer novas pessoas, hii... muito raro, apenas naquele ciclo de conhecidos ou da faculdade. Pior de tudo é que tenho notado que estou me distanciando de algumas pessoas, isso se chama dia-a-dia.
Às vezes prefiro pensar que estou selecionando melhor as pessoas que conheço, os lugares que ando ou as coisas que falo, mas eu estou começando mesmo a achar que, no auge dos meus 20 anos, estou é ficando velha.
Li uma vez que as pessoas têm a idade que quiser ter, será que estou querendo ter a minha idade mesmo?

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Passei algumas semanas sem dar muita bola pro meu Blog e durante dias me sentindo um pouco fria por não visita-lo, sinto como se ele fosse um bebê que precisa ser cuidado e constantemente vigiado (no caso, atualizado).
A questão é que andei um pouco sem tempo mesmo (já tem gente reclamando desse momento sem tempo), e achava que tinha coisas mais importantes para fazer, não que aqui eu não me sinta bem, muito pelo contrario, esse aqui é o momento de falar besteira sem que ninguém me aponte.
Outro dia eu estava lembrando como eu gostava de andar sem ter um destino certo, sim, andar na forma literal da palavra, com as duas pernas, eu sempre consegui pensar desse jeito, até hoje quando tenho um problema a ser resolvido ou quando apenas quero esvaziar a mente pego meus tênis e ando pela cidade.
Andar olhando fachadas e ouvindo conversas tentando entende-las é muito bom, quando passo por um prédio que percebo ser antigo fico tentando criar estórias em cima da estrutura do prédio, crianças que moraram lá, casais de adolescentes que deram seus primeiros beijos que depois se casaram criando vários filhos e tendo uma velhice tranqüila em uma daquelas varandas.
É engraçado quando ouço ou leio historias da cidade, em pouco tempo estou imaginando os lugares que aquelas pessoas passaram, ou como era o prédio antes de ser reformado.
Enfim... Acho que estou precisando dar umas voltinhas pela cidade para arejar.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Antônio Francisco

Antonio Francisco é um escritor que muito tenho respeito, por isso decidi publicar no Blog um cordel dele.
É fácil observar veneração por autores que surgem da Bahia pra baixo e difícil ver pessoas com trabalhos tão bons quanto o dele pra essas “bandas de cá”, não sei se pela dificuldade geográfica, que realmente existe, ou por qualquer outro motivo, o fato é que há preconceitos em reconhecer isso, tanto nosso (quando falo isso me refiro ao reconhecimento do artista da local) quanto de outras pessoas.
Quem ainda não conhece vale a pena comprar seus livros!
OS SETE CONSTITUINTES
Quem já passou no sertão
E viu o solo rachado,
A caatinga cor de cinza,
Duvido não ter parado
Pra ficar olhando o verde
Do juazeiro copado.
E sair dali pensando:
Como pode a natureza
Num clima tão quente e seco,
Numa terra indefesa
Com tanta adversidade
Criar tamanha beleza.
O juazeiro, seu moço,
É pra nós a resistência,
A força, a garra e a saga,
O grito de independência
Do sertanejo que luta
Na frente da emergência.
Nos seus galhos se agasalham
Do periquito ao cancão.
É hotel do retirante
Que anda de pé no chão,
O general da caatinga
E o vigia do sertão.
E foi debaixo de um deles
Que eu vi um porco falando,
Um cachorro e uma cobra
E um burro reclamando,
Um rato e um morcego
E uma vaca escutando.
Isso já faz tanto tempo
Que eu nem me lembro mais
Se foi pra lá de Fortim,Se foi pra cá de
Cristais,Eu só me lembro direito
Do que disse os animais.
Eu vinha de Canindé
Com sono e muito cansado,
Quando vi perto da estrada
Um juazeiro copado.
Subi, armei minha rede
E fiquei ali deitado.
Como a noite estava linda,
Procurei ver o cruzeiro,
Mas, cansado como estava,
Peguei no sono ligeiro.
Só acordei com uns gritos
Debaixo do juazeiro.
Quando eu olhei para baixo
Eu vi um porco falando,
Um cachorro e uma cobra
E um burro reclamando,
Um rato e um morcego
E uma vaca escutando.
O porco dizia assim:–
“Pelas barbas do capeta!
Se nós ficarmos parados
A coisa vai ficar preta...
Do jeito que o homem vai,
Vai acabar o planeta.
Já sujaram os sete mares
Do Atlântico ao mar Egeu,
As florestas estão capengas,
Os rios da cor de breu
E ainda por cima dizem
Que o seboso sou eu.
Os bichos bateram palmas,
O porco deu com a mão,
O rato se levantou
E disse: – “Prestem atenção,
Eu também já não suporto
Ser chamado de ladrão.
O homem, sim, mente e rouba,
Vende a honra, compra o nome.
Nós só pegamos a sobra
Daquilo que ele come
E somente o necessário
Pra saciar nossa fome.”
Palmas, gritos e assovios
Ecoaram na floresta,
A vaca se levantou
E disse franzindo a testa:–
“Eu convivo com o homem,
É um mal-agradecido,
Orgulhoso, inconsciente.
É doido e se faz de cego,
Não sente o que a gente sente,
E quando nasce e tomando
A pulso o leite da gente.
Entre aplausos e gritos,
A cobra se levantou,
Ficou na ponta do rabo
E disse: – “Também eu sou
Perseguida pelo homem
Pra todo canto que vou.
Mas sei que ele não presta.
Pra vocês o homem é ruim,
Mas pra nós ele é cruel.
Mata a cobra, tira o couro,
Come a carne, estoura o fel,
Descarrega todo o ódio
Em cima da cascavel.
É certo, eu tenho veneno,
Mas nunca fiz um canhão.
E entre mim e o homem,
Há uma contradição
O meu veneno é na presa,
O dele no coração.
Entre os venenos do homem,
O meu se perde na sobra...
Numa guerra o homem mata
Centenas numa manobra,
Inda tem cego que diz:
Eu tenho medo de cobra.”
A cobra inda quis falar,
Mas, de repente, um esturro.
É que o rato, pulando,
Pisou no rabo do burro
E o burro partiu pra cima
Do rato pra dar-lhe um murro.
Mas, o morcego notando
Que ia acabar a paz,
Pulou na frente do burro
E disse: – “Calma, rapaz!...
Baixe a guarda, abra o casco,
Não faça o que o homem faz.”
O burro pediu desculpas
E disse: – “Muito obrigado,
Me perdoe se fui grosseiro,
É que eu ando estressado
De tanto apanhar do homem
Sem nunca ter revidado.”
O rato disse: – “Seu burro,
Você sofre porque quer.
Tem força por quatro homens,
Da carroça é o chofer...
Sabe dar coice e morder,
Só apanha se quiser.”
O burro disse: – “Eu seiQue sou melhor do que ele.
Mas se eu morder o homem
Ou se eu der um coice nele
É mesmo que estar trocando
O meu juízo no dele.
Os bichos todos gritaram:– “Burro, burro... muito bem!”
O burro disse: – “Obrigado,Mas aqui ainda tem
O cachorro e o morcego
Que querem falar também.”
O cachorro disse: – “Amigos,
Todos vocês têm razão...
O homem é um quase nada
Rodando na contramão,
Um quebra-cabeça humano
Sem prumo e sem direção.
Eu nunca vou entender
Por que o homem é assim:
Se odeiam, fazem guerra
E tudo o quanto é ruim
E a vacina da raiva
Em vez deles, dão em mim.”
Os bichos bateram palmas
E gritaram: – “Vá em frente.”
Mas o cachorro parou,
Disse: – “Obrigado, gente,
Mas falta ainda o morcego
Dizer o que ele sente.”
O morcego abriu as asas,
Deu uma grande risada
E disse: – “Eu sou o único
Que não posso dizer nada
Porque o homem pra nós
Tem sido até camarada.
Constrói castelos enormes
Com torre, sino e altar,
Põe cerâmica e azulejos
E dão pra gente morar
E deixam milhares deles
Nas ruas, sem ter um lar.”
O morcego bateu asas,
Se perdeu na escuridão,
O rato pediu a vez,
Mas não ouvi nada, não.
Peguei no sono e perdi
O fim da reunião.
Quando o dia amanheceu,
Eu desci do meu poleiro.
Procurei os animais,
Não vi mais nem o roteiro,
Vi somente umas pegadas
Debaixo do juazeiro.
Eu disse olhando as pegadas:
Se essa reunião
Tivesse sido por nós,
Estava coberto o chão
De piubas de cigarros,
Guardanapo e papelão.
Botei a maca nas costas
E saí cortando o vento.
Tirei a viagem toda
Sem tirar do pensamento
Os sete bichos zombando
Do nosso comportamento.
Hoje, quando vejo na rua
Um rato morto no chão,
Um burro mulo piado,
Um homem com um facão
Agredindo a natureza,
Eu tenho plena certeza:
Os bichos tinham razão.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Bom... Retornando ao assunto das varias vidas, o que notei é que quando o tempo vai passando mais distantes ficamos de certas pessoas, o que em um instante parecia ser muito próximo a partir de um momento de sua vida, sem deixar que você perceba muito bem onde essa borda se dá, tudo muda, e tudo mudando parece que aquilo que você viveu foi algo que na verdade não aconteceu, como se fosse um sonho distante da realidade.
Engraçado pensar, quando somos crianças tudo aquilo que vivemos parece ser o que existe, logo depois vamos crescendo e vamos notando que a vida é um pouco mais complexa do que aquilo que acreditamos, na adolescência percebemos como podemos ser fortes, mas ao mesmo tempo temos a noção de como tudo é frágil, ainda não sei ao certo como é na juventude, mas o que percebo ate agora é que a preocupação com o futuro é muito maior e que talvez com toda essa danada da globalização podemos perder bastante tempo fazendo planos mirabolantes.
Por enquanto meu plano é não pensar muito NO QUE ME ESPERA PARA O FUTURO, e tentar manter todos o mais próximo quanto posso deixá-los, não sei se vai dar certo, por enquanto não estou tendo muito êxito. MAS O QUE ME ESPERA PARA O FUTURO?

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Há principio...

Há algum tempo eu tive um Blog, na verdade um fotolog, isso mesmo, aquele cujas pessoas são os artistas, na realidade depois da internet, flogs e orkuts todos somos um pouco artistas né... Mas a razão de eu ter optado por abrir um novo blog foi o fato de sentir necessidade de escrever, mesmo que as pessoas não leiam nem comentem, mas é algo muito mais meu, tipo um diário, mas com as coisas que eu penso.
Há alguns dias vinha pensando da seguinte forma, “nós temos varias vidas”, é, “nós temos varias vidas”! A forma que vemos fatos há muito passado que parecem ter sido com pessoas que não significam muita coisa pra você hoje em dia, apesar delas ainda fazerem parte de sua vida, sei que você que está lendo agora pode estar um pouco confuso, ou talvez tenha se atentado para este fato agora, vou tentar explicar com ações.
Há dois dias encontrei a minha primeira melhor amiga no orkut, me senti muito animada, mas com um pouco de medo, pois não sabia mais nada daquela estranha que cresceu comigo, tomei toda a coragem que tinha (e que não vou ter mais durante um bom tempo) e deixei um recado lembrando de alguns fatos imprescindíveis para que ela me reconhecesse, logo em seguida recebi uma resposta, para meu espanto, pois já eram 2h da manhã, dizendo que se lembrava perfeitamente de mim e que tinha muita saudade. Na realidade, pelo que a conheço, eu já esperava por esta reação, mas o que pensar de uma pessoa que você não vê há 11 anos?
Bom... o fato é que, percebi o quanto perdemos quando não arriscamos e o quanto mudamos com o passar do tempo. Ainda tenho muita coisa pra falar sobre o “varias vidas”, mas vou deixar pra depois. Agora estou com muito sono e pretendo dormir dentro de instantes.